Às vezes, sou um ser muito pequenino, muito fraco e complexado. Faço das tripas coração para meter um pé fora da cama, nessas alturas em que, transformado num ser patético e ridículo, desejaria não ter os olhos do mundo inteiro desdenhando da minha capacidade de me erguer. Quando isso sucede, eu encolho e cai-me o cabelo e murmuro nomes de doenças com voz débil, a ver se os olhos têm pena de mim e me deixam ficar na cama.
E se deixam, se por ventura consigo que me não julguem pela decisão de não me erguer, então esquecem-me ali e não surge nem uma mão a conduzir uma colher de sopa até aos meus lábios secos e quebradiços. Ninguém me alimenta e tenho de me disfarçar com forças que não tenho e erguer-me da cama e vir para a rua de sorriso nos lábios.
(e eu às vezes tantas vezes só queria ficar deitado como um moribundo a quem todos pagam respeitos mas sem sofrer sem mais sofrimento do que esse que me constringe a decidir ficar no leito e meu amor preciso que entendas que por vezes toda a minha força desmorona e me aceites assim tão forte como fraco nessas vezes por vezes tantas vezes mas nem sempre)
5 comentários:
deixas-me sempre com um sopro a fugir-me sem esperar por mim...
Agora entendi o teu comentário no meu post, ó campeão da angústia!!
cassamia:
é questão de correr...
jonas:
eh lá, campeão da angustia não!!! da inércia... hehe...
olá!!!
(eu não gosto de correr...)
olá!
(outra vez :-)
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